CONVITE: Em 2025 vamos reviver os velhos tempos?

CONVITE: Em 2025 vamos reviver os velhos tempos?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

POSTAR OU NÃO POSTAR!? EIS A QUESTÃO.

Por vezes, nós blogueiros, ficamos em dúvidas se agimos corretamente ao postarmos determinadas matérias nossas, ou de blogues parceiros.

Quando fiz a postagem sobre a briga que ocorreu na Cavalgada do Mar (foto acima) recebi algumas críticas por ter tornado público um problema interno de um evento tradicionalista. Tipo assim: “roupa suja se lava em casa”.

Não conheço nenhum dos integrantes da foto e peço desculpas se tal postagem causou algum constrangimento mas quero que me respondam: daquilo que publiquei, existe uma vírgula que não seja verdade?

Pensem comigo: embora eu ache a Cavalgada do Mar um dos cinco maiores eventos tradicionalistas do Estado, me sinto na obrigação de apontar seus erros para que esta representatividade andeje na busca da perfeição. Aí, no momento em que ocorre, em minha frente, um dos problemas que sempre reclamo (desordem), queriam que eu não divulgasse?

Seria o mesmo que calar-me ante as pichações de nossos monumentos; das ruas alagadas por falta de drenagem no Acampamento Farroupilha; de algumas normas do MTG; da péssima qualidade dos banheiros na maioria dos rodeios; das rádios que ainda rodam o fatídico maxixe-gaúcho; dos meus próprios erros como tradicionalista; etc...etc...etc...

No que tange a cavalgada, quero dizer que os contratempos são os mesmos de sempre: ainda falta estrutura (nas paradas para descanso, não há banheiros. Os homens se vão as dunas, mas e as mulheres? Porque um caminhão, com banheiros químicos, não acompanha o cortejo?), falta um regimento interno que normatize e regulamente o evento; falta uma comissão identificada (pode ser com coletes), com poder de arbítrio, que acompanhe e oriente a cavalgada da peiteira ao rabicho, ou seja, da frente (onde tudo é bonito) á traseira onde os problemas maiores acontecem e o pior: falta consciência cívica em alguns participantes! Igualzito ao que se verificava nas comemorações farroupilhas pouco tempo atrás, muitos estão ali apenas pela farra. Não pensam que representam uma entidade tradicionalista; que estão rememorando hábitos de tropeiros ancestrais que desbravaram e povoaram esta terra; que estão demonstrando aos olhos dos veranistas um pouco de nossos costumes; que entre eles existem famílias com o intuito de amizade e integração.

Não sou tanso e sei que num evento deste porte falhas ocorrem, mas falhas repetidas não deveriam acontecer.

Sempre defendi e continuarei defendendo a Cavalgada do Mar, mas não é por isso que vou deixar de falar e de mostrar fatos que podem ser amenizados. Lembram-se dos estercos que ficavam ao longo das praias? Problema resolvido, mas foi preciso a grita geral. Não é escondendo o problema que vamos solucioná-lo. Não somos guias turísticos que só mostram o lado bonito de suas cidades.

Alguém poderá dizer assim: - Tu não participas da cavalgada, então não tens o direito de opinar. No que eu respondo. – A cavalgada é parte do todo. O todo é a tradição gaúcha. Então, como cultor da tradição gaúcha, eu tenho, sim, o direito de me manifestar.

Noventa por cento da Cavalgada do Mar está bonitaça, redonda, atrativa. Vamos tentar melhorar os dez por cento restantes!

Em relação ás postagens, continuaremos na mesma batida. Àgua com açucar é bom e queríamos que fosse sempre assim mas, quando em vez, o sal entra em cena para levantar a pressão.

No próximo dia primeiro de março nosso periódico eletrônico gaudério completa dois anos de atividade ininterrupta mas vos digo: - Embora respeite quem faça (e cada um cuida de si) se for para manter um blog onde eu apenas acesse os sites de artistas e prefeituras e divulgue suas agendas e rodeios, eu paro por aqui. Não é esta a minha característica.

Certo ou errado, tento usar esta ferramenta da internet para agregar conhecimento e difundir nossa cultura e não é varrendo para debaixo do tapete fatos negativos de nossas tradições, que estarei colaborando para que as mesmas se tornem mais estáveis e atrativas.