Ontem, ao final da tarde, recebi a comunicação de que estarei trabalhando novamente no Rodeio de Vacaria, o maior do gênero na América Latina. Estarei por lá como avaliador de intérpretes nos dias 3 e 4 de fevereiro. Na edição passada fui jurado de declamação. Foram 86 concorrentes (somente categoria Peão Adulto) em três dias de competição. Foi um dos juris mais difíceis que já fiz pois chega num ponto que tudo fica muito igual. Este ano meus amigos Jorge e Roberto, da Vacaria dos Pinhais, ficaram com pena deste gaudério e me colocaram a julgar cantores, algo mais dinâmico e com menos concorrentes.
E aí fica a pergunta: Para julgar alguma coisa você tem que praticar aquilo que está julgando? Eu respondo com o título desta postagem: - Para julgar tem que sentir! Sentir na alma, no coração, no pêlo. Não canto nem no banheiro para não afugentar a água mas, se alguém cantar mal perto de mim, meus ouvidos acusam na hora.
Mal comparando, é como no futebol. Os melhores comentaristas nunca estiveram dentro das quatro linhas. Já quem jogou muita bola não comenta com o mesmo discernimento. Exemplo clássico: Edson Arantes do Nascimento, simplesmente Pelé, que desfaz com a boca tudo que fez com o pé (até rimou...)!
Então, gurizada medonha, até fevereiro, na maior festa gaúcha de todas as querências.