DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE
Os leitores do blog sabem quem foi Bento Manuel Ribeiro? Quem já leu sobre e história do Rio Grande, principalmente sobre a Guerra dos Farrapos, deve lembrar-se deste nome. Como ninguém é obrigado a saber de tais fatos vou resumí-los para o leitor compreender o título de minha postagem.Bento Manuel Ribeiro nasceu em Sorocaba em 1783 e morreu em Porto Alegre em 1855. Foi personagem importante de diversas campanhas militares como a Guerra Cisplatina e a Guerra dos Farrapos.
Em dezembro de 1800 alistou-se no regimento de milícias de Rio Pardo. Fez a campanha de 1801 acompanhado de seu irmão capitão Gabriel Ribeiro de Almeida. Participou da expulsão dos espanhóis de Batovi e da fortaleza de Santa Tecla.
Participou da Primeira Campanha Cisplatina (1811 – 1812) como furriel sendo promovido a tenente em 1813. Na Guerra contra Artigas iniciou servindo sob o comando do general Joaquim Xavier Curado.
Durante a Guerra dos Farrapos foi um dos cinco generais farroupilhas mas o que marcou sua personalidade foi o fato de ter trocado de lado duas vezes, terminando ao lado dos imperiais, ou seja, inimigo dos farrapos. Por estas atitudes Bento Manuel Ribeiro recebeu a alcunha (apelido) de "Melancia" em virtude de ter duas caras: verde por fora e vermelha por dentro. Hoje chamam de Traíra, na época, intitulavam de Melancia, tais personagens. Foi considerado, portanto, o Primeiro Melancia do Rio Grande do Sul.
Bento Manuel Ribeiro faleceu em Porto Alegre, em 1859, rico estancieiro. Seu túmulo se encontra na entrada do Cemitério de Uruguaiana.
Sendo Bento Manuel Ribeiro o primeiro Melancia do Estado, quem é o último?
Seu nome é Ronaldo Moreira, com alcunha de Ronaldinho Gaúcho (última vez que escrevo esta grafia pois acho que gaúcho não deve ser adjetivo para hipócritas).
Nos tempos em que sua família vivia quase na miséria, foi a entidade grêmio que amparou-a dando-lhe, inclusive, casa com piscina (onde seu pai, guardador de carros no estádio Olímpico, veio a falecer). O pagamento de Ronaldinho Gaú.., quer dizer, Ronaldinho Carioca, todos sabem como foi.
Agora, 10 anos após, a história se repete e de forma mais vingativa, mais vil. Não vou nem tocar nesta prosa irritante pois ela já encheu os tubos.
Quis apenas retratar sobre o primeiro e o último melancia da história do Rio Grande.
São iguais em tudo. Um não tinha personalidade. O outro usa a personalidade do irmão. Um tinha como causa aquela que lhe colocasse mais bois no campo. O outro olha o mundo pelas grades dos cifrões.
A diferença é que um saiu de sua terra, São Paulo, para vir morrer em Porto Alegre, o outro sai de Porto Alegre para ir morrer bem longe daqui.