Concentro-me, ouvindo velhos numes
que me dizem das eras mais remotas:
naus e barcos perdidos nas derrotas,
esperanças morrendo ao pé dos lumes.
História de minha Pátria que alvorotas
de dois mundos a história e te resumes,
insondável, de pegos e de cumes,
ne epopéia marítima das frotas!
Vive um resto de ti em minhas eiras:
frangalhos de conquistas, guerras cruas,
episódios de Entradas e Bandeiras...
Ouço, por isso, em mim, que estrugue e passa
um tropel de clarins e espadas nuas,
vitoriando o valor de minha raça...
Soneto de:Olmiro Palmeiro de Azevedo
Gravura: Batalha do Avai - Guerra do Paraguai
Pintor: Pedro Américo