RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

VOLTEANDO DATAS I

Antônio Augusto (Nico) Fagundes em pronunciamento por ocasião da inauguração do Monumento aos Maçons Farroupilhas e Imperiais, em Porto Alegre. Foto: Léo Ribeiro

No dia 04 de novembro de 1934 nasce o tradicionalista Antônio Augusto Fagundes, filho de Euclides Fagundes e Florentina da Silva Fagundes, é formado em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e mestre em Antropologia Social.

Em 1954, muda-se para Porto Alegre e é como poeta que é apresentado ao 35 CTG, por Lauro Rodrigues. E nunca deixou de fazer verso. Tornou-se amigo e companheiro de Waldomiro Souza, Horácio Paz, João Palma da Silva, Amandio Bicca, Niterói Ribeiro, Luiz Menezes, José Hilário Retamozo, Hugo Ramirez, João da Cunha Vargas, ou seja, a fina flor da poesia gauchesca da época, que freqüentava o rodeio do 35 CTG, às quartas de noite e aos sábados de tarde, na Avenida Borges de Medeiros, no quinto andar da FARSUL.

Conhece, então, e torna-se amigo de Jayme Caetano Braun, cujo ingresso no 35 CTG vai apadrinhar.

O encontro de Antonio Augusto Fagundes, por esta época, com Glaucus Saraiva foi histórico: vinham de uma briga pelos jornais, mas quando se encontraram, foi amor à primeira vista, uma amizade tão forte que nem a morte de Glaucus conseguiu interromper.

Pelas páginas do Jornal A Hora, lançou Jayme Caetano Braun e dois moços que estavam aparecendo com muita força: Aparício Silva Rillo e José Hilário Retamozo.

Seu primeiro livro de versos chama-se Com a Lua na Garupa e o segundo Ainda com a Lua na Garupa. O terceiro tem o nome de Canto Alegretense, nome tirado da canção famosa cujos versos escreveu. Aliás, neste livro aparecem muitas letras das suas canções mais famosas dentre as 370 gravadas e regravadas por vários intérpretes e parceiros. O Canto Alegretense é mais cantado que o próprio hino de Alegrete.

Atualmente apresenta pela RBS TV o programa Galpão Crioulo, com uma das maiores audiências da televisão gaúcha.

Antonio Augusto Fagundes é respeitado como autoridade em folclore gaúcho, história do Rio Grande, antropologia, religiões afro-gaúchas, indumentária do Rio Grande, cozinha gauchesca e danças folclóricas.

Além disso, sempre deu a devida importância à dupla ligação da cultura gaúcha com o outro Brasil e com os países do Prata. Tornou-se, assim, com o tempo e apoiado em uma biblioteca preciosa, um estudioso sério, respeitado e aclamado no Rio Grande do Sul, no Uruguai e na Argentina, conferencista bilíngüe e autor de inúmeras obras de consulta obrigatória para estudiosos na área.

Foi fundador e comandante do grupo de cavalgadas Cavaleiros da Paz.