Dois tropeiros que resistem ao tempo, meus parceiros fundadores do Grupo de Cavalgadas Cavaleiros da Neve, José Fonseca, o maior vaqueano (sabedor de caminhos) que conheci e o Marco Aurélio (Zoreia).
Os tropeiros, assim como os carreteiros foram, sem dúvida alguma, os grandes responsáveis pelo desbravamento não só do Rio Grande do Sul, como de várias localidades deste Brasil. Nos seus rastros, os povoamentos foram criando raízes. Os Biribas ou Birivas, como eram conhecidos em certas regiões, deixaram seus nomes gravados na pedra da memória de lugares que, hoje, são grandes cidades. Tropeando muares de Sacramento a Sorocaba estes verdadeiros heróis, cruzando varzedos e rios, enfrentando toda a sorte de intempéries do tempo e da vida, foram abrindo caminhos e semeando povoados. Cristóvão Pereira de Abreu foi um destes pioneiros sendo considerado como o símbolo do tropeirismo. Tropeirismo, este, preservado no município de Bom Jesus, RS, onde um seminário, anualmente, pesquisa e divulga os feitos destes grandes homens.
Lembro sempre quando o poeirão levantava na rua de chão batido da vila da Aratinga, onde passei minha infância, e todos corriam para dentro dos pátios para assistir a passagem das tropas (não é verdade meu mano Totonho?) que desciam a Serra do Pinto, indo direto para os matadouros do litoral. Que coisa linda e triste, ao mesmo tempo.
O isqueiro matou o "fósfro"
e a luz matou o isqueiro.
Os caminhões mataram as tropas
e a saudade matou o tropeiro!
Uma Tropa de animais divide-se em: Ponta, Costados (esquerdo e direito), Corpo e Culatra.
Para se tanger (repontar) uma Tropa, são necessários “peões” especializados, conforme segue: Ponteiros, Costaneiros, Culatreiros, Sotas (1º e 2º), Capataz, Tropeiro e de um bom Furriel (cancheiro e com boa abastança).
Quanto maior for a Tropa, maior será a quantidade de peões, de sorte que, podemos classificar como:
PONTA DE GADO - de quatro a dez animais (que somam uma “conta”).
TROPILHA - de uma a cinco “contas” (que somam uma “talha”).
TROPITA - de uma a cinco “talhas”.
TROPA - de cinco a dez “talhas”.
BAITA-TROPA - de onze a vinte “talhas”.
MUNAIA-TROPA - mais de vinte e uma “talhas”.
Lembro sempre quando o poeirão levantava na rua de chão batido da vila da Aratinga, onde passei minha infância, e todos corriam para dentro dos pátios para assistir a passagem das tropas (não é verdade meu mano Totonho?) que desciam a Serra do Pinto, indo direto para os matadouros do litoral. Que coisa linda e triste, ao mesmo tempo.
O isqueiro matou o "fósfro"
e a luz matou o isqueiro.
Os caminhões mataram as tropas
e a saudade matou o tropeiro!
Uma Tropa de animais divide-se em: Ponta, Costados (esquerdo e direito), Corpo e Culatra.
Para se tanger (repontar) uma Tropa, são necessários “peões” especializados, conforme segue: Ponteiros, Costaneiros, Culatreiros, Sotas (1º e 2º), Capataz, Tropeiro e de um bom Furriel (cancheiro e com boa abastança).
Quanto maior for a Tropa, maior será a quantidade de peões, de sorte que, podemos classificar como:
PONTA DE GADO - de quatro a dez animais (que somam uma “conta”).
TROPILHA - de uma a cinco “contas” (que somam uma “talha”).
TROPITA - de uma a cinco “talhas”.
TROPA - de cinco a dez “talhas”.
BAITA-TROPA - de onze a vinte “talhas”.
MUNAIA-TROPA - mais de vinte e uma “talhas”.
Texto e foto: Léo Ribeiro
Formação da Tropa: Maragato Assessoramento
Colaboração: Hilton Araldi
Colaboração: Hilton Araldi