quarta-feira, 20 de novembro de 2024
terça-feira, 19 de novembro de 2024
REPONTANDO DATAS / 19 DE NOVEMBRO
(nasce Borges de Medeiros)
Em seguida, voltou ao seu estado natal para exercer a advocacia em Cachoeira do Sul. Ali, continuou sua militância política e logo tornou-se o chefe local do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), agremiação liderada por Júlio de Castilhos. Com a Proclamação da República, em 1889, foi imediatamente nomeado delegado de polícia da cidade e, no ano seguinte, integrou a bancada gaúcha na Assembleia Nacional Constituinte de 1890/1891.
Com a eclosão, no Rio Grande do Sul, da Revolução Federalista em 1893, que pretendia afastar Floriano Peixoto da presidência da República, Borges combateu ao lado das forças legalistas, o que lhe valeu a patente de tenente-coronel do Exército, concedida por Floriano.
Em 1898, foi indicado por Júlio de Castilhos para sucedê-lo na chefia do governo estadual, cargo para o qual seria reeleito em 1902 ainda por indicação de Castilhos. Somente após a morte desse último, em 1903, Borges assumiu de forma definitiva a liderança do partido, que conservaria de forma absoluta por mais de duas décadas. Seu comando sobre o PRR foi efetivo mesmo durante o tempo em que se afastou do comando do executivo estadual para dedicar-se à agricultura, entre 1908 e 1913. Ao voltar ao governo gaúcho nesse ano, promoveu a estatização de serviços públicos, como o transporte ferroviário e obras portuárias, até então a cargo de companhias internacionais. Ao mesmo tempo, atraía para o estado grandes frigoríficos estrangeiros ( Armour e Swift ).
Em 1917 reelegeu-se ao governo do Estado. Em 1922, apoiou a candidatura oposicionista de Nilo Peçanha à presidência da República, lançada pela Reação Republicana, contra Artur Bernardes, apoiado por mineiros e paulistas. Bernardes venceu o pleito, mas no Rio Grande do Sul a vitória coube à Reação Republicana por larga diferença. Ainda em 1922, Borges voltou a apresentar seu nome para uma nova reeleição ao governo gaúcho. Dessa vez, porém, a oposição, liderada por Joaquim Francisco de Assis Brasil, apresentou-se mais forte, já que contava com o apoio do governo federal comandado por Bernardes e beneficiava-se com a insatisfação de muitos fazendeiros atingidos pela crise da pecuária, principal atividade econômica do Estado. Realizado o pleito, Borges obteve a vitória mais uma vez, que, contudo, foi contestada pelos partidários de Assis Brasil que acabaram recorrendo ao confronto armado, deflagrado em janeiro de 1923. O conflito se estendeu por todo o ano e somente no mês de dezembro as facções em luta chegaram a um acordo, oficializado no Pacto de Pedras Altas. Por esse acordo, a oposição aceitava o novo mandato de Borges de Medeiros que ficava, porém, impossibilitado de buscar uma nova reeleição.
Em 1924, Borges enviou efetivos da Brigada Militar gaúcha para combater o levante tenentista deflagrado, naquele ano, na capital paulista contra Bernardes. Logo, porém, foi obrigado a enfrentar rebeliões semelhantes em seu próprio Estado quando guarnições do Exército localizadas em cidades do interior se sublevaram sob o comando do capitão Luís Carlos Prestes.
Cumprindo o acordo de Pedras Altas, Borges afastou-se do governo gaúcho em 1928. Comandou, entretanto, o processo de sua sucessão, indicando o nome de Getúlio Vargas para substituí-lo. No decorrer de 1929, as articulações em torno das eleições presidenciais do ano seguinte levaram à ruptura entre mineiros e paulistas que, de acordo com a chamada "política do café com leite", vinham detendo a hegemonia sobre a política nacional nas décadas anteriores. Contrariados pela indicação do paulista Júlio Prestes como candidato situacionista à sucessão do também paulista Washington Luís, os mineiros decidiram articular uma chapa de oposição encabeçada por um gaúcho - Borges de Medeiros ou Getúlio Vargas. O próprio Borges, entretanto, optou pelo nome de Vargas. Formou-se, então, a Aliança Liberal. A campanha eleitoral foi a mais concorrida da República Velha, com grandes comícios sendo realizados em várias capitais brasileiras. Realizado o pleito em março de 1930, Júlio Prestes foi declarado vencedor. Borges pronunciou-se a favor do reconhecimento do resultado, declarando-se contrário qualquer tentativa de questioná-lo pelas armas. Dentro da Aliança Liberal, contudo, ganhavam força os elementos favoráveis a uma solução armada, destacadamente os seus membros mais jovens e os militares oriundos do movimento tenentista da década anterior, que desde a campanha eleitoral haviam, na sua quase totalidade, dado apoio a Vargas. Borges só decidiu apoiar os revolucionários dias antes do movimento contra Washington Luís ser deflagrado.
Com a instalação do Governo Provisório liderado por Getúlio Vargas e a anulação da Constituição de 1891, Borges logo começou a trabalhar para que o país voltasse ao regime constitucional. Nesse sentido, apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, articulando, junto com outros líderes gaúchos, um levante no Rio Grande do Sul contra o interventor federal no Estado, Flores da Cunha, que, fiel a Vargas, enviara tropas para combater os paulistas. Por conta disso, Borges foi preso, passando a liderança do PRR a Maurício Cardoso.
Anistiado em maio de 1934, em julho do mesmo ano concorreu à presidência da República na eleição indireta realizada pela Assembleia Nacional Constituinte, reunida desde o ano anterior. Nessa ocasião, foi o segundo mais votado com 59 votos contra os 175 dado ao vencedor, Getúlio Vargas. Em seguida, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Na Câmara fez parte das Oposições Coligadas (ou Minoria Parlamentar), bloco de oposição a Vargas no Congresso. Foi cassado em 1937 pelo golpe do Estado Novo, decretado por Vargas, mas mesmo assim divulgou manifesto de apoio à nova ordem. Afastou-se, então, da vida política.
Em 1945, foi aclamado como presidente de honra da seção gaúcha da União Democrática Nacional (UDN), mas não retomou a atividade política.
Morreu em Porto Alegre, em 1961.
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
RONDA CHARRUA VENCE O ENART 2024
O CTG Ronda Charrua, da
cidade de Farroupilha, conquistou o título de grande campeão na categoria de
Danças Tradicionais – Força A do ENART 2024, após intensas apresentações
realizadas desde sexta-feira (15) até este domingo (17), no Parque Oktoberfest,
em Santa Cruz do Sul.
O evento, promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), contou com a participação de 4.500 competidores de 30 Regiões Tradicionalistas do Rio Grande do Sul, disputando em 25 modalidades diferentes. A finalíssima da Força A reuniu 20 invernadas previamente classificadas, que emocionaram o público com apresentações impecáveis, repletas de história e cultura gaúcha.
A avaliação foi pautada
por critérios rigorosos, como a correção coreográfica, que priorizou a precisão
e fidelidade dos movimentos às tradições gaúchas. A interpretação, a harmonia
entre os dançarinos e a fluidez dos movimentos também foram fundamentais, além
da avaliação paralela do musical, que integrou a música à dança.
“O ENART 2024 é uma
demonstração rica da nossa cultura, com apresentações que sempre impressionam.
O resultado é o reflexo do trabalho árduo e da paixão de todos os envolvidos na
preservação das nossas tradições”, afirmou a presidente do MTG, Ilva Goulart.
A finalíssima de Danças Tradicionais – Força A do ENART 2024 durante o domingo foi marcada pela apresentação de 20 entidades previamente classificadas
Classificação
DANÇAS TRADICIONAIS
FORÇA A
1º lugar - CTG Ronda
Charrua – 25ª RT
2º lugar - CTG Tiarayu
– Porto Alegre – 1ª RT
3º lugar - DTG Poncho
Verde – Panambi – 9ª RT
4º lugar - PTG Bocal de
Prata – Osório – 23ª RT
5º lugar - CTG Rancho
da Saudade – Cachoeirinha – 1ª RT
domingo, 17 de novembro de 2024
REPONTANDO DATAS / 17 DE NOVEMBRO
sábado, 16 de novembro de 2024
MATA O VÉIO
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
ENART 2024
SANTA CRUZ DO SUL
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
HOJE
JAYME CAETANO BRAUN
UM SÉCULO DE ARTE
Feira do Livro de Porto Alegre
Dia 13/11, quarta-feira, 20h,
Travessa dos Cataventos
(Casa de Cultura Mário Quintana)
Entrada franca
Jayme Caetano Braun, Um Século de Arte, espetáculo músico-poético que homenageia o Centenário deste grande autor com:
Izabel L’Aryan e Renato Fagundes, cantores, e Pedro Júnior da Fontoura, declamador.
Com a banda:
Antonio Flores –violão
Matheus Krummenauer – violão
Miguel Tejera- Contrabaixo
Lucas Ferreira– acordeon
João Bauken - Bateria
Produção: Fortuna Eventos Culturais Ltda
Patrocínio: Banrisul e Farmácias São João
Apoio: CCMQ, Discoteca Natho Henn, Instituto Estadual de Música, Sedac RS.
terça-feira, 12 de novembro de 2024
REPONTANDO DATAS / 12 DE NOVEMBRO
Muito se discute o significado da bandeira adotada, a opção da cada um vai de acordo de como se vê o movimento revolucionário, mas parece correta a interpretação que diz que eram as cores da bandeira Imperial separadas pelo vermelho da Guerra e da república, mostrando assim mais um cunho federalista do que secessionista em si.
A bandeira era quadrada e não apresentava o brasão da República Rio-grandense, foi criada oficialmente por meio de decreto do dia 12 de novembro de 1836, assinado por Gomes Jardim e Domingos José de Almeida.
Com o fim da revolução farroupilha, ante o armistício assinado com as forças imperiais a bandeira não caiu em esquecimento, há registro de seu uso numa brigada de voluntários gaúchos na Batalha de Tuiuti (24.05.1866) na Guerra do Paraguai, que foi a maior batalha campal da América do Sul e em que os aliados foram vitoriosos.
Consta ainda, como símbolo da então Província de São Pedro do Rio Grande os galhardetes ditos de registro, que indicavam a província de origem dos navios mercantes brasileiros, tal informação consta do álbum da marinha francesa “Pavillons”, de 1858 (Album des pavillons, guidons et flammes de toutes les puissances maritimes). Esses galhardetes tinham a forma retangular, aproximadamente 1:16 e eram confeccionados de simples padrões geométricos representando bandeiras de sinal, lembrando muito as atuais flâmulas de Fim-de-Comissão que são hasteadas no tope do mastro principal navios.
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
UMA BELA LEITURA EM FORMA DE POESIA
QUE TIVE A HONRA DE PREFACIAR
Por
mais facilidade que tenhamos com o manejo das letras sempre é difícil expressar
em palavras toda a representatividade daquilo que objetivamos retratar quando o
autor a ser prefaciado é portador de tantos valores pessoais e qualidades
literárias imensuráveis. Este é o caso específico do poeta, compositor,
escritor, declamador e pesquisador da cultura gaúcha Alberto Boff de Sales.
Nascido na legendária Criúva, Caxias do Sul, berço fértil de grandes nomes da cultura serrana, Alberto de Sales trouxe de nascença o apego ao chão, o cheiro da terra, o borbulhar de fontes límpidas a correr nas veias. É um atavismo que rebrota ao longo dos tempos reaparecendo na alma dos descendentes mesmo passadas tantas gerações. Pois foi neste ambiente que Alberto de Sales viu nascer, fortificou e lapidou sua alma poética.....
No Silêncio dos Campos, revela com inúmeros ângulos a nossa cultura regional, dessa forma, quero motivar o apreço pela nossa gente, das nossas "coisas" tão difíceis de adquiri-las, naquela época.
Somente com o Silêncio, percebemos sons e situações imperceptíveis aos olhos, valorizamos muito mais a um Berro de Touro, o qual não revela a sua razão, é bem por isso, que, com o "Silêncio, conseguimos escutar a Voz da Terra!".
Tenham uma ótima leitura, cada qual, com os seus silêncios.
Alberto Sales.
domingo, 10 de novembro de 2024
HOJE É O DIA DA TRADIÇÃO NA ARGENTINA
Tal data é comemorada em homenagem a José Hernández.
Recentemente, em 21 de outubro, falamos sobre a morte de José Hernandez, o escritor do clássico Martin Fierro. Contudo, como hoje é considerado o Dia da Tradição na Argentina em função de seu nascimento, valos relembrar alguns tópicos sobre este grande personagem da literatura sul-americana.
Interessou-se muito pelos estudos quando iniciou sua escola primária, porém foi obrigado a deixar os livros por conta de uma doença repentina, tendo de viver no campo para buscar sua recuperação. Por este motivo, aprendeu tudo o que sabia por conta própria: observador atento da arte da criação de gado, dirigida pelo padre e exercida pelos gaúchos, participou ajudando nessas tarefas. Como era ainda jovem, teve contato com o estilo de vida, a língua e os códigos de honra dos gaúchos.
Hernández era autodidata e, por meio de numerosas leituras, adquiriu firmes idéias políticas. Entre 1852 e 1872, época de grande agitação política, defendia a idéia de que as províncias não deveriam permanecer ligadas às autoridades centrais estabelecidas em Buenos Aires.
Participou de uma das rebeliões federais, mais especificamente a primeira, encabeçada por Ricardo López Jordán, também chamada de Revolução Jordanista, que terminou em 1871 com a derrota dos gaúchos e o exílio de Hernández no Brasil. Após essa revolução, tornou-se, por pouco tempo, assessor do general revolucionário, porém, com o tempo, distanciou-se do mesmo.
Quando voltou para a Argentina, em 1872, continuou sua luta utilizando a imprensa como seu meio de avançar com suas idéias. Também desempenhou a função de Deputado e Senador da província de Buenos Aires. Como senador, defendeu a federalização de Buenos Aires por meio de um memorável discurso, opondo-se a Leandro Alem.
Entretanto, foi através de sua poesia que conseguiu eco para suas propostas e a mais valiosa contribuição para a causa dos gaúchos. El gaucho Martín Fierro (1872) e sua continuação, La vuelta de Martín Fierro (1876), juntas, formam um poema épico popular. É considerada, geralmente, a principal obra da literatura argentina.
No ano de 2007, quando acontecia a Feira do Livro de Buenos Aires, o Museu do Desenho e da Ilustração apresentou sua mostra Martín Fierro: Contrapunto y algo más, na qual apreciava-se a visão dos ilustradores sobre os feitos relatados por José Hernández. Nessa mostra, expuseram-se originais feitos para as diferentes edições de Martín Fierro. Exibiram-se obras de Adolfo Belloc, Carlos Alonso, Juan Carlos Castagnino, Aida Carballo, Norberto Onofrio, Eleodoro Marenco e outros 20 artistas.
Hernández faleceu em Buenos Aires em 1886, acometido por um problema cardíaco. Seus restos mortais estão no cemitério da Recoleta, Buenos Aires, Argentina.
7ª COLHEITA DE VERSOS
PREMIADOS
POESIA - TEMA LIVRE:
Primeiro Lugar: O Velho, a Moura e o Portal do Tempo
Autores: Rodrigo Bauer/Matheus Bauer
Declamador: Fábio Malcorra
Amadrinhador: Fernando Graciola
Segundo Lugar: Não é o Fim
Autor: Caine Teixeira Garcia
Declamadora: Paula Stringhi
Amadrinhador: Kayke Mello
Terceiro Lugar: O Tempo à Pilcha do Pobre
Autor: Matheus Costa
Declamadora: Silvana Andrade
Amadrinhador: Jean Carlo Godoy
DECLAMADOR(A):
Primeiro Lugar: Aline Linhares
Poesia: Natividade
Autor: Carlos Hahn
Segundo Lugar: Fábio Malcorra
Poesia: O Velho, a Moura e o Portal do Tempo
Autores: Rodrigo Bauer/Matheus Bauer
Terceiro Lugar: Silvana Andrade
Poesia: O Tempo à Pilcha do Pobre
Autor: Matheus Costa
Modalidade AMADRINHADOR:
Primeiro Lugar: Fernando Graciola
Poesia: O Velho, a Moura e o Portal do Tempo
Autores: Rodrigo Bauer/Matheus Bauer
Segundo Lugar: Jean Carlo Godoy
Poesia: O Tempo à Pilcha do Pobre
Autor: Matheus Costa
Terceiro Lugar: Kayke Mello, Vitor Lopes Ribeiro e Douglas Dihel
Poesia: Se Uma Tropa Cruzasse Aqui
Autores: Kayke Mello/Vitor Lopes Ribeiro
Modalidade POESIA - TEMA ESPECIAL:
Primeiro Lugar: Tempo Tropeiro
Autor: Rodrigo Medeiros
Declamador: Rodrigo Medeiros
Amadrinhador: Fernando Graciola
Segundo Lugar: Fraiburgo Revisitada
Autor: Moisés Menezes
Declamador: Romeu Weber
Amadrinhador: César Furtado
Terceiro Lugar: Fraiburgo Obra Divina
Autor: Cândido Brasil
Declamador: Cândido Brasil
Amadrinhador: Jean Carlo Godoy
Modalidade POETAS CATARINENSES:
Primeiro Lugar: De Barro e Capim
Autor: Milton César Hoff
Declamador: Pablo da Rosa
Amadrinhador: Juliano Lemos
sábado, 9 de novembro de 2024
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
CALIFÓRNIA ESTUDANTIL
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
REPONTANDO DATAS - 06 NOV
Num dia 06 de novembro, do ano de 1836, acontecia na cidade de Piratini a primeira eleição dos farrapos para reger os destinos da República Rio-grandense.
Foi eleito para presidente Bento Gonçalves da Silva que, por encontrar-se preso no Rio de Janeiro após a derrota farrapa na Ilha do Fanfa aonde diversos republicanos foram feitos prisioneiros, assume o comando seu vice José Gomes de Vasconcelos Jardim.
terça-feira, 5 de novembro de 2024
GUIRLANDA GAUDÉRIA
Não sei se vocês lembram mas no natal de 2023 eu resolvi seguir na minha sanha de amante das nossas tradições e coloquei na porta do rancho minha bota, em substituição a enfeitada bota do Papai Noel, respeitando o bispo São Nicolau, inspirador do Bom Velhinho, que depositava suas doações aos pobres dentro de meias ou botas, dependuradas para secar, nas lareiras das casas. A ideia não foi muito bem aceita pela família pois preferiam uma guirlanda.
Guirlanda é um adorno natalino feito com flores, frutas e/ou ramagens entrelaçadas. O uso da guirlanda refere-se a Roma Antiga, pois para os romanos oferecer um ramo de planta significa um voto à saúde, proporcionando o costume de enrolar os ramos em uma coroa.
Pois ontem recebi esta guirlanda em forma de cabeça de potro, com cincerro e buçal de corda chata, da artesã e grande amiga Fernanda Lima que há tempos não vejo. Ela escreveu assim no cartão:
"Léo. O melhor presente que podes dar é o tempo que dedicas a alguém.
Aqui vai um mimo para o gaúcho que dedica muito do seu tempo a disseminar a cultura gaúcha.
Fernanda".
O fone do Tramas e Fios, estúdio de criação do qual a Fernanda é proprietária é (51) 99729-9053
Muito obrigado pelo lindo regalo, minha querida amiga.
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
SEM NOÇÃO
Uma dúvida que paira entre produtores e organizadores de festivais de música e poesia é se os mesmos devem publicar, antes da triagem, os nomes dos avaliadores de cada evento.
Uns acham que o festival deve ser transparente desde o início, ou seja, nominando a comissão já no regulamento pois "dependendo da comissão julgadora nem se manda trabalho algum".
Outros acham que o rol de avaliadores deva ser divulgado somente após os trabalhos selecionados ganharem publicidade.
E qual a justificativa desta segunda corrente? A preservação dos próprios jurados.
Tudo isso em virtude da falta de noção de muitos concorrentes que fazem pressão para que sua obra (que para eles sempre é a melhor) seja escolhida para subir ao palco.
É impressionante a falta de discrição de muitos compositores que chegam ao ponto de mandar sua música diretamente aos jurados para que eles "opinem" sobra a mesma.
E nunca falta a frase que é o chavão entre estas pessoas: - Olha com carinho a minha música.
domingo, 3 de novembro de 2024
DANDO UMA DE MEXICANO
Hoje vamos dar uma de mexicanos que ao contrário de chorar seus mortos no dia de finados, prestam suas homenagens com altares coloridos, comidas, bebidas e cantorias. Cada sociedade enfrenta a morte de maneiras diferentes, mas os mexicanos o fazem de uma forma muito particular.
No México,
a morte é motivo de festa: altares coloridos, panteões iluminados, ruas
cobertas de laranja com a flor de calêndula, comida, bebida, música, caveiras e
catrinas — uma representação do esqueleto de uma dama —, tudo isso para
homenagear a memória daqueles que não estão mais lá.
O Dia dos
Mortos – ou Dia de Los Muertos, em espanhol – é uma tradição emblemática da
cultura mexicana. Em 2003, a UNESCO declarou-o Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade.
São vários
dias de celebração e ritual para lembrar os entes queridos e familiares cujas
almas, segundo o costume, regressam por uma noite para partilhar com o mundo
dos vivos.
E para
lembrá-los e recebê-los no retorno ao mundo terreno para compartilhar com os
vivos são montados altares cheios de cores, sabores e cheiros: flores de
calêndula, caveiras de açúcar e chocolate, pão dos mortos, água, velas, frutas,
vinho, mole e todas as comidas e bebidas favoritas de nossos ancestrais.
O Dia dos Mortos tem origem nas raízes indígenas das culturas nativas da Mesoamérica, segundo os historiadores, para se fundir com as crenças católicas e dar origem a um feriado que continua a evoluir ao longo do tempo.
Com a
chegada dos espanhóis, foram incorporados outros elementos e práticas que são
reflexo do sincretismo entre duas culturas: a visão de mundo dos povos
indígenas e as crenças religiosas do catolicismo.
“Os
europeus colocaram algumas flores, ceras e velas e a cruz. Os indígenas
acrescentaram o incenso ao seu copal e a comida e a flor de calêndula
(Zempoalxóchitl)”, afirma o Instituto Nacional dos Povos Indígenas (Inpi) do
México.
E o resultado de tudo é muita alegria no Dia de Los Muertos.