RETRATO DA SEMANA


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

 


ARIANO SUASSUNA





Se tem momentos em que eu me encanto são os que tiro para ler ou ouvir pessoas inteligentes, com frases bem feitas, criativas, diferenciadas.

Aqui pelo Rio Grande do Sul sempre tivemos grandes pensadores que colocaram no papel verdadeiras relíquias em forma de frases, a começar pelo lendário político Flores da Cunha até o jornalista Luiz Fernando Veríssimo, que nos deixou há pouco, passando pelo poeta Mário Quintana entre alguns outros mais. 

Mas uma pessoa que acompanho sempre é o saudoso dramaturgo, escritor, poeta, filósofo paraibano Ariano Suassuna, autor do livro O Auto da Compadecida. Suas palestras deveriam ser algo imperdível. Seu senso de humor era extraordinário. 

Uma de suas tiradas é essa: 

- Eu divido a humanidade em duas categorias. De um lado estão os que concordam comigo e gostam de mim. Do outro, estão os equivocados.

SENSACIONAL !


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

 

DO RS PARA OS E.U.A.

(E VICE VERSA)




Se aqui pela terrinha os festivais de poesias estão minguando a cada ano, a Confederação Norte-americana do Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro, em comemoração aos seus 20 anos de existência, organizou o Primeiro Festival Internacional Virtual de Poesia Gaúcha. 

A transmissão via net acontecerá pela TV do Gaúcho no Youtube neste dia 09 de novembro, domingo, ás 20h, no horário de Brasília.  Os participantes que passaram seus poemas na triagem são os seguintes: 





 

ENTRE UM CAFÉ E OUTRO

UM BELO BATE PAPO


Léo Ribeiro é o entrevistado de Itacir Flores 
no Café com Letras PodCast.

Autor de 9 livros, ex-presidente da Estância da Poesia Crioula, fundador da Loja Maçônica Gaúchos Templários, Coordenador Geral do Festival Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, jurado em praticamente todos os festivais nativistas do Estado, compositor e escritor Léo Ribeiro de Souza é o meu entrevistado desta semana.

Assista no Youtube nesta quarta-feira, 05, às 21 horas, no Canal CiF TV News

https://youtu.be/1pj-6oPO0uE

Itacir Flores



terça-feira, 4 de novembro de 2025

 

REPONTANDO DATAS / 04 DE NOVEMBRO



Num dia 04 de novembro, do ano de 1934, nascia na cidade de Alegrete o folclorista Antônio Augusto Fagundes. Também num dia 04 de novembro, mas no ano de 1959 morria em Porto Alegre o legendário Flores da Cunha. 
 
 
 Antônio Augusto Fagundes - foto: divulgação

Nico Fagundes nasceu em 4 de novembro de 1934, em Inhanduí, interior de Alegrete. Nico iniciou a carreira jornalística aos 16 anos, como cronista e repórter do jornal Gazeta de Alegrete. No mesmo período, começou a atuar na rádio local, apresentando programa humorístico e gauchesco. Foi secretário dos Cadernos do Extremo Sul, editando diversos poetas.

Em 1954, mudou-se para Porto Alegre, onde ingressou no 35 CTG, a convite do poeta Lauro Rodrigues. No mesmo ano, tornou-se redator do Jornal A Hora, no qual atuou durante muitos anos escrevendo a página Regionalismo e Tradição.

Em 1955, passou a fazer parte do Instituto de Tradições e Folclore da Divisão de Cultura do Estado. Durante oito anos, estudou folclorismo, especializando-se em Cultura Afro-gaúcha. Eleito Patrão do 35 CTG, tornou-se professor de danças folclóricas e literatura gauchesca no Instituto de Tradições e Folclore. Viajou para a Europa como sapateador do grupo Os Gaudérios, morando em Paris por quatro meses.

Iniciou pesquisas de indumentária gaúcha, tornando-se uma das maiores autoridades sobre o assunto no Rio Grande do Sul. Contratado como ator pela TV Piratini, foi um dos fundadores do Conjunto de Folclore Internacional, mais tarde batizado de Os Gaúchos, do qual foi diretor durante 15 anos.

Em 1960, fundou, no Instituto de Tradições e Folclore, a Escola Gaúcha de Folclore, de nível superior, que funcionou durante seis anos. Atuou como titular nas cadeiras de danças folclóricas e indumentária gaúcha. Foi diretor da escola durante seis anos.

Formado em Direito, pós-graduado em História do Rio Grande do Sul e Mestre em Antropologia Social, todos os seus cursos foram realizados na Universidade Federal do RGS (UFRGS). Por todas essas suas qualificações, Antonio Augusto Fagundes tornou-se respeitado como autoridade em folclore gaúcho, história do Rio Grande do Sul, antropologia, religiões afro-gaúchas, indumentária gauchesca, cozinha gauchesca e danças folclóricas.

Entretanto, a face menos conhecida deste intelectual é também sua face mais antiga, a de poeta. Ganhou prêmios e distinções importantes, como a Medalha do Pacificador, do Exército Brasileiro, a Comenda Osvaldo Vergara, da Ordem dos Advogados do Brasil, da qual é também advogado jubilado, e a Comenda do Mérito Oswaldo Aranha. Recebeu inúmeros prêmios em poesia, canções gauchescas, declamações, danças folclóricas e teses. É autor de mais de 100 músicas, entre as quais o Canto Alegretense.

Escreveu o roteiro do filme "Para Pedro". Atuou como ator, assistente de direção e consultor de costumes do filme "Ana Terra". Escreveu o roteiro, dirigiu e trabalhou como ator no filme "Negrinho do Pastoreio", com Grande Otelo. Atuou ainda como ator no filme "O Grande Rodeio", o qual também produziu e dirigiu.

Em 1976, ingressou na Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Em 1990, fundou e assumiu o comando do grupo Cavaleiros da Paz, com o qual empreendeu cavalgadas por diversos países da América do Sul. Quatro anos depois, assumiu a presidência do IGTF.

Na RBS TV, Nico apresentou o Galpão Crioulo por três décadas, de 1982 a 2012. Sua despedida da televisão foi marcada por uma edição comemorativa do programa, gravada com grandes nomes da música regionalista em Venâncio Aires. No ar, Nico foi substituído pelo sobrinho Neto Fagundes e pela cantora Shana Müller.

Em 2000, teve um acidente vascular cerebral (AVC), e chegou a se afastar do Galpão Crioulo, mas se recuperou. Em 2001, juntou-se aos sobrinhos Neto e Ernesto e ao irmão Bagre Fagundes para formar o grupo Os Fagundes.
 
Morreu no dia 24 de junho de 2015.
 
 
 Flores da Cunha
 
José Antônio Flores da Cunha nasceu na estância São Miguel, uma das propriedades rurais de sua família, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Era filho de Evarista Flores e Miguel Luís da Cunha (1852 - 1918), e bisneto do Coronel José Antônio Martins. Casou-se em 1905 com Irene Guerra. Estudou em São Paulo; depois, no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em Direito em 1902. Após formado, atuou como delegado no Rio de Janeiro e como advogado em Santana do Livramento e Uruguaiana, destacando-se pela eloquência.

Em 1909, filiado ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), iniciou carreira política como deputado estadual. Iniciou seu primeiro mandato como deputado federal em 1912, eleito pelo Ceará. Em 1917, foi reeleito, desta vez pelo seu estado natal, renunciando ao mandato em 1920 para concorrer à prefeitura de Uruguaiana, sendo eleito com expressiva votação. Em 1923, destacou-se como chefe militar legalista na luta que conflagrou o Rio Grande do Sul, opondo os partidários do governador Borges de Medeiros aos oposicionistas liderados por Joaquim Francisco de Assis Brasil. Renovou seu mandato de deputado federal em 1924. Em 8 de outubro de 1925 prendeu Honório Lemes e garantiu sua integridade quando populares quiseram linchá-lo. Reeleito deputado federal em 1927, renunciou em 1928 para ser eleito senador.

Atuou ativamente na revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à chefia do país em novembro daquele ano. No dia 28 de novembro de 1930 foi nomeado interventor no Rio Grande do Sul. Ajudou a fundar o Partido Republicano Liberal (PRL), em novembro de 1932. Na Revolução Constitucionalista de 1932 permaneceu leal a Getúlio Vargas. Em abril de 1935 foi eleito governador do Rio Grande do Sul, exercendo o mandato até outubro de 1937. No mesmo ano da eleição, já como governador constitucional, começou a se afastar do presidente Vargas. Buscando ampliar sua influência política nacionalmente, envolveu-se em disputas sucessórias em outros estados, como Santa Catarina e Rio de Janeiro. Defensor do federalismo, atritou-se com os setores militares que, como o general Pedro Aurélio de Góis Monteiro, defendiam a centralização do poder no governo federal. Em 1937, rompido com Getúlio Vargas, foi forçado a deixar o governo gaúcho. Exilou-se, então, no Uruguai e só voltou ao Brasil cinco anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial, quando cumpriu pena de nove meses na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Foi libertado por Vargas em 1943.

Em 1945, participou da fundação da UDN, legenda pela qual se elegeu deputado constituinte. Nas eleições para sucessão de Vargas, faz campanha para o Brigadeiro Eduardo Gomes. Reelegeu-se deputado federal em outubro de 1950 e em outubro de 1954, sempre na legenda udenista. Assumiu a presidência da Câmara dos Deputados no dia 8 de novembro de 1955, substituindo o deputado Carlos Luz, que fora empossado na chefia do Executivo Federal em virtude do afastamento de Café Filho por motivos de saúde. Coordenou as sessões que garantiram a posse de Juscelino Kubitschek. No mesmo ano, rompeu com a UDN e renunciou à presidência da Câmara.

Em 1958, aos 78 anos de idade, foi eleito pelo PTB, mas morreu antes do fim do mandato. Foi sepultado em Santana do Livramento.


segunda-feira, 3 de novembro de 2025

 


AMANHÃ VOCÊ TEM 

O GRANDE ENCONTRO 


Descrição do evento

AUDITÓRIO ARAÚJO VIANNA APRESENTA:
O GRANDE ENCONTRO - 11ª EDIÇÃO 
 

Onde: Auditório Araújo Vianna (Avenida Osvaldo Aranha, 685)

Quando: 04 de novembro, terça-feira, às 20h30

Abertura da casa: 19h

Classificação: Livre.
Crianças até 24 meses não pagam entrada e ficam no colo dos responsáveis durante a apresentação. A partir de 02 anos e 1 dia, a criança paga meia-entrada mediante apresentação da carteira de identidade ou certidão de nascimento.

 

INGRESSOS:
* O Auditório Araújo Vianna não se responsabiliza por ingressos comprados na plataforma Viagogo e em outros canais não oficiais.

Lote 1:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 22,50

Inteira: R$ 45

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 27,50

Inteira: R$ 55

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 40

Inteira: R$ 80

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 60

Inteira: R$ 120

 

Lote 2:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 27,50

Inteira: R$ 55

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 37,50

Inteira: R$ 75

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 45

Inteira: R$ 90

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 65

Inteira: R$ 130

 

Lote 3:

Plateia Alta Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 32,50

Inteira: R$ 65

 

Plateia Alta Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 42,50

Inteira: R$ 85

 

Plateia Baixa Lateral:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 37,50

Inteira: R$ 75

 

Plateia Baixa Central:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 50

Inteira: R$ 100

 

Plateia Gold:

Meia entrada** (desconto de 50%): R$ 70

Inteira: R$ 140

 

**Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.

 

Demais descontos:

* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.
* 50% para sócio do Clube do Assinante ZH.

 

Desconto Banrisul:
Funcionamento pré-venda:
* 50% para clientes Banrisul (com cartão de crédito Visa ou Mastercard) na compra de até DOIS ingressos (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows e na modalidade online).
* 50% para clientes Banrisul, exclusivamente com pagamento no cartão Banricompras, limitado à compra de até DOIS ingressos por cliente (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows).

Atenção: a pré-venda não está disponível na loja Planet Surf Bourbon Wallig, que aceita compras somente em dinheiro.

Funcionamento após a pré-venda:
* 50% para clientes Banrisul (com cartão de crédito Visa ou Mastercard) na compra de até QUATRO ingressos (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows e na modalidade online).
* 50% para clientes Banrisul, exclusivamente com pagamento no cartão Banricompras, limitado à compra de até QUATRO ingressos por cliente (exclusivamente nas bilheterias das casas de shows).

Atenção: os descontos para clientes Banrisul não está disponível na loja Planet Surf Bourbon Wallig, que aceita compras somente em dinheiro.

 

Pontos de venda:

Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia – Porto Alegre)
Horário funcionamento: de segunda a sábado, das 14h às 21h

Bilheteria Araújo Vianna (sem taxa de conveniência – à vista em dinheiro e no cartão):
Aberta somente no dia do evento 2 horas antes do início dos shows.
Av. Osvaldo Aranha, 685 – Bairro Bom Fim

Online: www.sympla.com.br/araujovianna

 

Informações:

www.araujoviannaoficial.com.br

www.facebook.com/araujoviannaoficial

www.instagram.com/araujoviannaoficial

www.twitter.com/araujovianna

(51) 3211-2838

Selecione um setor
ALTA LATERALPreços entre R$ 27,50 e R$ 55,00Pague em até 12x
ALTA CENTRALPreços entre R$ 37,50 e R$ 75,00Pague em até 12x
BAIXA LATERALPreços entre R$ 32,50 e R$ 65,00Pague em até 12x
BAIXA CENTRAL (esgotado)Preços entre R$ 50,00 e R$ 100,00

PLATEIA GOLD (esgotado)Preços entre R$ 65,00 e R$ 130,00

domingo, 2 de novembro de 2025

 


FINADOS  II

UM DIA DE REVERÊNCIAS 


 
 
Hoje é um dia de reverências, de pedir pela alma de nossa gente, de nossos amigos que já partiram para um plano superior. Tenho uma balda comigo. Quando sinto vontade de prosear com meu pai e minha mãe e a parceirada que já se foi, o faço no meu silêncio. Não espero o dia 02 de novembro. Contudo, o Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos no México), é celebrado pela Igreja Católica sempre no dia 2 de novembro. 

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para orar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para reverenciar todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.
 
Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Nos séculos XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apoia em uma prática de quase dois mil anos.


sábado, 1 de novembro de 2025

 


FINADOS I


VOCÊ GOSTARIA DE SABER O DIA DE SUA MORTE? 

Este gaudério orando diante de um cemitério de campanha
 
Uma pesquisa elaborada nos EUA apontou que 94% dos entrevistados disseram NÃO. Não gostariam de saber o dia de sua morte.
Toco neste assunto meio macabro porque amanhã, dia 02 de novembro é dia de finados e assisti a um filme na Netflix intitulado ANTES DE PARTIR que toca justamente neste tema. 
Dois homens até então desconhecidos, enfermos de um mesmo quarto de hospital, acabam sabendo que ambos não tem mais do que seis meses de vida devido a um câncer terminal.
Um destes homens (ator Jack Nicholson) é rico. Viveu para arrecadar patrimônio. O outro (ator Morgan Freeman) é pobre e trabalhou a vida inteira para dar um pouco de conforto para sua família.
Diante da triste notícia de que não teriam muito a viver, combinaram de fazer tudo que tinham vontade e que não fizeram durante sua existência. Coisas como saltar de paraquedas, dirigir numa pista carros de corrida, safári na África, fazer as pazes com um filho com quem não conversava há anos...
Em cada lugar que chegavam discutiam sobre o dom da vida, sobre Deus, sobre, reencarnação, ser enterrado ou ser cremado... O mecânico (Morgan Freeman) tinha fé, o milionário (Jack Nicholson) era ateu. Diante das Pirâmides leram uma pergunta que os Deuses egípcios fazem aos seus mortos ao entrar num outro plano: - Você encontrou alegria na sua vida? Você proporcionou alegria aos outros?    
Ao cabo de alguns meses e muitas "loucuras" voltaram para o seio de suas famílias que são, de tudo, o mais importante,  para morrer em paz. Como último desejo os dois foram cremados, suas cinzas colocadas numa lata de café e enterradas lado a lado no alto das montanhas do Himalaia.  
Não precisam nem ver o filme pois já contei o final.
Mas porque estou fazendo referência a tudo isto, agora? Simples.
Para alimentar um questionamento: Por que vamos esperar saber o dia da nossa morte para visitar um amigo, tomar um mate ao final da tarde, beijar quem se ama, ajudar um desconhecido sem esperar nada em troca, rir até chorar....
Por que vamos passar nosso tempo tão curto nos estressando por miudezas políticas, futebol, religião, tentando convencer que EU tenho razão? Por que discutir, ofender e se intrigar se o nosso "trem da vida" pode estar chegando na estação final? 


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

 

DIA DAS BRUXAS

Para variar um pouco até o Halloween virou motivo de radicalismos e debates nas redes sociais. Os rio-grandenses mais terrunhos acham que não devemos festejar o chamado Dia das Bruxas pois é mais um enlatado americano. Segundo estes, temos lendas próprias a cultivar, o que não deixa de ser uma verdade. 

Eu já penso um pouco diferente.

Para semear e defender nosso folclore não precisamos ignorar a cultura alheia. A diversificação significa conhecimento. 

E o engraçado disto tudo é que muitos que criticam o tal de Halloween e suas brincadeiras infantis, festejado em várias partes do mundo na data de hoje, idolatram o Papai Noel.    


Léo Ribeiro no Dia das Bruxas (ou seria dos Bruxos?)



DOCES OU TRAVESSURAS? 


Americano ou gaudério
sou bruxo lá das Contendas
que pulou balcão de venda
pra não ir pro cemitério.
Por detrás de um homem sério
existe um Léo brincalhão
porque a vida ao empurrão
derruba a felicidade
e o que vale é a idade
da alma e do coração.  



 

FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

COMEÇA HOJE




A 71ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, o maior evento literário do Rio Grande do Sul, abre oficialmente nesta sexta-feira, 31, às 17h, no Teatro Petrobras Carlos Urbim, na Praça da Alfândega. A cerimônia terá o tradicional toque do sino e a presença de autoridades, da patrona desta edição, a escritora Martha Medeiros, e de representantes da Câmara Rio-Grandense do Livro e da Prefeitura de Porto Alegre.

Com o tema Beba desta Fonte, a feira segue até 16 de novembro, oferecendo 17 dias de intensa programação cultural gratuita, com expectativa de público superior a 1,5 milhão de pessoas, conforme a organização. O horário de visitação será das 10h às 20h, todos os dias.

Ao todo, o evento reunirá 79 bancas de editoras e livrarias na Praça da Alfândega - 66 na área geral, 10 na infantil e juvenil e três na área internacional. Mais de 300 autores participam da programação, incluindo escritores gaúchos, brasileiros e 17 convidados de diferentes países.

Entre as atrações, estão sessões de autógrafos, debates, contação de histórias, oficinas e apresentações artísticas, reforçando o caráter plural e democrático da feira, reconhecida como um dos símbolos culturais da Capital.    



quinta-feira, 30 de outubro de 2025

 


AOS SONETISTAS 



A pedido do presidente da Estância da Poesia Crioula, Cândido Brasil, sou um dos avaliadores do concurso de sonetos em homenagem a saudosa Nilza Castro, promovido pela Academia Xucra do Rio Grande. Recebemos 186 sonetos, um estilo poético pouquíssimo utilizado atualmente. 

Na verdade fazer um bom soneto, bem metrificado, com tema interessante, não é nada fácil. Por isso lembro do mestre Aureliano de Figueiredo Pinto, um grande sonetista. 


QUERÊNCIA

Aureliano de Figueiredo Pinto - Para o velho Domingos

 

I

Recordo... Um coxilhão, virgem do arado,

alto e estendido na campanha em frente.

Resfolegando a névoa ao sol nascente.

Na noite negra era um fortim sitiado.

 

Sombrio sob o crepúsculo indolente

nos paradouros acolhia o gado.

Promontório nas rotas d’ El-Dorado

ao luar e aos sonhos de um adolescente.

 

Tristão no inverno... Esplêndido na sanha

do estio fugindo... No horizonte aberto

a galopada das miragens foge.

 

Tão longe... E ainda a paisagem me acompanha

com o encanto das ilhas que no oceano incerto

as minhas naves descobrissem hoje...

 

II

Por toda parte onde eu andei, Querência,

pedaço de alma, te levei comigo.

A proteger-me como um poncho amigo,

ou estrela d´alva nos sertões da ausência.

 

Andante, chego ao teu galpão de abrigo.

Fogão e amargo! A missioneira essência.

E, pelo teu conselho em confidência,

forjei meu coração para o perigo.

 

Quantas vezes na ronda a noite andando

vieste em recuerdos, como irmã, sorrindo,

adoçando a amargura da inclemência.

 

Por ti, na vida e no lidar em que ando,

a sorte, ou contra ou a favor, vem lindo!

só pelo orgulho de te honrar – Querência!



quarta-feira, 29 de outubro de 2025

 

HOJE É DIA DO LIVRO


Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro


Hoje, 29 de outubro, é o Dia do Livro. Tal deferência surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil (fundada em 29 de outubro de 1810).

Biblioteca Nacional, também chamada de Biblioteca Nacional do Brasil, cujo nome oficial institucional é Fundação Biblioteca Nacional, é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina. Entre suas várias responsabilidades incluem-se a de preservar, atualizar e divulgar uma coleção com cerca de nove milhões de peças, que teve início com a chegada da Real Biblioteca de Portugal ao Brasil e cresce constantemente, a partir de doações, aquisições e com o depósito legal.

Entre os objetos que deveriam acompanhar a família real em sua viagem para o Brasil estavam os caixotes de livros e documentos da Biblioteca Nacional da Ajuda, de Lisboa, com um acervo de cerca de 60 mil peças. Na pressa, os caixotes ficaram abandonados no porto e só em 1810 começaram a ser transferidos para o Brasil. Com o acervo novamente reunido, o príncipe regente D. João fundou a Real Biblioteca Nacional. Até 1814, apenas os estudiosos podiam consultar a biblioteca e, mesmo assim, mediante autorização régia. Depois dessa data, o acesso foi liberado ao público. 



terça-feira, 28 de outubro de 2025

 


REPONTANDO DATAS - 28 DE OUTUBRO


CRIAÇÃO DO MTG





A história do Movimento Tradicionalista Gaúcho pode ser contada a partir de vários momentos. Alguns reconhecem como ponto de partida a fundação do Grêmio Gaúcho, por Cezimbra Jacques, em 1889. Outros, a ronda gaúcha, no Colégio Júlio de Castilhos, de 1947. Ainda há quem defenda como marco inicial a fundação do 35 CTG, em abril de 1948 ou a realização do 1º Congresso Tradicionalista Gaúcho, em 1954, ou, ainda, a constituição do Conselho Coordenador, em 1959. Seja qual for o ponto de partida o importante é que, em 1966, durante o 12º Congresso Tradicionalista Gaúcho realizado em Tramandaí, foi decidido organizar a associação de entidades tradicionalistas constituídas, dando-lhe o nome de Movimento Tradicionalista Gaúcho, o MTG.

Assim é que, desde 28 de outubro de 1966, a Instituição se tornou conhecida como MTG. 

Muitas pessoas contribuíram para que o MTG se tornasse uma organização reconhecida e respeitada. Nas atividades diárias, nos congressos e convenções, nos eventos de âmbito estadual, nos debates sobre a história, música, folclore, cavalgadas, fandangos, jovens, família, valores, princípios, crenças e tudo o mais que fascina os tradicionalistas, destacaram-se figuras importantes do movimento, tais como Manoelito de Ornellas, Glaucus Saraiva, Hugo da Cunha Alves, Guilherme Schults Filho, Gerciliano Alves de Oliveira, Ieno Severo, Vasco Mello Leiria, Cyro Dutra Ferreira, Helio Moro Mariante, Luiz Carlos Barbosa Lessa, João Carlos Paixão Cortes, Wilmar Winck de Souza, Lilian Argentina, Edson Otto, Manuelito Savaris, entre tantos outros.

São mais de 1700 entidades juridicamente constituídas e quase um milhão de associados. Um fabuloso exército de pessoas que acreditam nas mesmas coisas e se dedicam aos mesmos fazeres culturais.

O MTG é um orgulho do Rio Grande do Sul, não só pela estrutura que possui no Estado, mas pela dimensão mundial que tomou. No Brasil são diversas federações e uma Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha. No exterior há mais de 20 núcleos em que a cultura, a história e os costumes do Rio Grande são vivenciados diariamente. A Confederação Internacional da Tradição Gaúcha reúne muitos países na mesma ideia de preservação dos costumes gauchescos.

Ao longo da sua história, o MTG funcionou em três endereços, sempre em Porto Alegre: na Rua dos Andradas, próximo do Gasômetro, no Centro Administrativo do Estado e na rua Guilherme Schell,60 local onde possui sua sede atual. Esta sede foi doada ao MTG pelo Governo do Estado, sendo que a construção foi obra do trabalho e esforço dos tradicionalistas liderados pelo presidente Dirceu de Jesus Brizzola. A inauguração ocorreu em dezembro de 1998.

Muitas pessoas são avessas ao MTG pelos regramentos que, segundo elas, engessam a tradição, mas não podemos deixar de reconhecer os inúmeros eventos promovidos com sucesso pelo Movimento como os concursos de prendas e peões, festa campeira, ENART, além de seus diversos departamentos e coordenadorias regionais voltados para o resgate e a preservação da nossa cultura.
 


segunda-feira, 27 de outubro de 2025

 

Cerimônia reconhece Noel Guarany, Cenair Maicá, Pedro Ortaça e Jayme Caetano Braun como símbolos da identidade missioneira

A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) realizou nesta sexta-feira (24), em São Luiz Gonzaga, a cerimônia de concessão do título de Doutor Honoris Causa aos Quatro Troncos Missioneiros — Noel Guarany, Cenair Maicá, Pedro Ortaça e Jayme Caetano Braun —, figuras fundamentais na formação da cultura missioneira e da música regional gaúcha.

O evento aconteceu às 16h, no Espaço Messa, e foi transmitido ao vivo pelo canal da Unipampa no YouTube. O ato contou com apresentações artísticas e a presença de familiares e representantes da tradição missioneira, celebrando a herança cultural deixada por esses ícones do Rio Grande do Sul.

Reconhecidos por suas obras musicais, poéticas e tradicionalistas, os quatro artistas consolidaram a identidade regional das Missões, levando a sonoridade e o sentimento gaúcho para além das fronteiras do Estado.

O título de Doutor Honoris Causa é concedido a pessoas que se destacam por suas contribuições excepcionais à cultura, à arte e à sociedade. A homenagem da Unipampa reafirma o compromisso da universidade com a preservação e valorização da cultura missioneira.

📻 Fonte: Rádio Missioneira  


Pedro Ortaça no recebimento do título





domingo, 26 de outubro de 2025

 


TENHO INVEJA DO HÉLIO 


Hélio Pereira, o andante. 
 

Um filme que marcou minha juventude foi Sem Destino, estrelado por Peter Fonda e Dennis Hopper, dois amigos motoqueiros que ganharam a estrada e saíram, como o título do filme diz, sem destino.

Muitos sonham em comprar um motorhome e se jogar no mundo, sem horários, sem ter que voltar, rumo ao desconhecido, topando (na boa) os imprevistos. 

Pois eu tinha um desejo meio diferenciado. Comprar dois cavalos, arreatar um deles com bruacas de mantimentos e me bandear por aí sesteando em beirais de matos, bebendo águas de rios, dormindo pelo campo aberto a bombear estrelas... Doce ilusão. Não tive peito para ser um tropeiro dos tempos modernos. 

Talvez o que eu sinta hoje não seja inveja, visto que é um pecado, mas admiração pelo meu amigo Hélio, ali de Maquiné, que faz tudo isso que eu pensei em fazer e fiquei no "eu queria". 

E vocês, amigos e amigas, nunca tiveram vontade de largar tudo e sair Sem Destino? Sempre é tempo. 

Um bom domingo a todos, estejam aonde estiverem.