ESSA MERECE
ESSA MERECE
O TEMPO PASSA E TUDO SE TRANSFORMA
REPONTANDO DATAS - 02 DE ABRIL
O DIA DA MENTIRA
Uma data que antigamente se levava muito a sério e se fazia muitas brincadeiras era o 1º de Abril, ou seja, hoje.
RAQUETADAS DE DÉCIMAS
Houve um tempo em que as poetisas Nilza Castro, esposa do poeta Peri de Castro, e Adiles |Gavião, esposa do poeta Cyro Gavião, mesmo morando na mesma cidade de Porto Alegre, se comunicavam por cartas pois, nesta época, não tinha esses recursos de celular e os telefones residenciais era um privilégio de poucos.
Um detalhe: Essas correspondências eram em forma de versos no formato de trovas.
Ao cabo de muitos anos elas resolveram publicar em livro esse correio literário ao qual intitularam de Raquetadas de Trovas.
Pois sábado agora meu amigo, irmão, grande poeta lá de Fraiburgo, SC, Osmar Ranzolin, embaixador da cultura gaúcha em toda aquela região, mandou-me algo que está muito em moda nas redes sociais. Não sei dizer o nome mas tem o estilo de um avatar, de um animes. É a minha estampa na forma computadorizada.
Acompanhado do desenho o Osmar, como grande versejador que é, mandou-me uma Décima Espinela, que era a forma como o imortal Jayme Caetano fazia suas memoráveis pajadas. E minha resposta foi no mesmo estilo.
Por isso coloquei o título da matéria: Raquetadas de Décimas.
AO AMIGO LÉO RIBEIRO
Osmar Ranzolin
Não tem o teu traçado
Nem a tua inspiração,
Mas te digo meu Irmão
Que o recurso é bem pensado,
Não sei se é do agrado
Mas lhe mando de presente,
Pensando que a nossa gente
Desse lado do hemisfério
Merece ter um gaudério
Com desenho diferente.
AO AMIGO OSMAR RANZOLIN
Léo Ribeiro
Mil gracias querido Irmão
pelo gesto de conforto
para mim que andejo torto,
por vezes na contramão,
te falo de coração
o teu verso é um sedativo.
Tento me manter ativo,
me conservo e me empenho
mas te digo que o desenho
tá melhor que o rosto ao vivo.
DOUTOR HONORIS CAUSA
Em uma cerimônia
marcada por emoção e reconhecimento, a Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM) concedeu, nesta sexta-feira (28), o título de Doutor Honoris Causa ao
músico e compositor missioneiro Pedro Ortaça. A honraria foi aprovada por
unanimidade pelo Conselho Universitário da instituição, como forma de valorizar
a trajetória de um dos maiores representantes da cultura popular do Rio Grande
do Sul.
Natural do Pontão de
Santa Maria, na região das Missões, Ortaça nasceu em 29 de junho de 1942 e
construiu uma carreira marcada pela defesa das tradições gaúchas e das causas
dos povos indígenas do Sul. Ao lado de nomes como Jayme Caetano Braun, Cenair
Maicá e Noel Guarany, integrou o grupo conhecido como “Os Quatro Troncos da
Cultura Missioneira”, cuja obra ajudou a consolidar a música missioneira como
um segmento da música popular gaúcha.
A proposta de concessão
do título partiu de um grupo de professores do Departamento de Música da UFSM,
entre eles o professor Oscar Daniel Morales. Em sua fala, ele destacou que
Ortaça “ultrapassa os limites de músico e compositor talentoso” e é “guardião
das raízes culturais gaúchas, em especial dos povos missioneiros”.
Com reconhecimento
nacional, Pedro Ortaça também recebeu, em 2010, a Medalha do Mérito
Farroupilha, maior honraria da Assembleia Legislativa do Estado, além do título
de Mestre da Cultura Popular Brasileira.
A UFSM é a primeira
universidade do Sul do país a homenagear um artista popular com o título de
Doutor Honoris Causa, numa iniciativa que reforça o elo entre a academia e os
saberes tradicionais. Segundo Morales, o ato representa um impulso importante
para a valorização da identidade cultural do Rio Grande do Sul e incentiva
novas gerações a preservar e pesquisar as raízes missioneiras.
Entre os destaques da obra de Ortaça está o disco Troncos Missioneiros, lançado em 1988 ao lado de seus companheiros de trajetória. O álbum traz letras em português, espanhol e guarani, abordando temas como a vida nas Missões, as reduções jesuíticas e a valorização da terra e da história da região.
Fonte: Portal SB News |
Com informações da UFSM
Nota do Blog: Nosso reconhecimento a todos os envolvidos que tiveram a intuição de homenagear a pessoa (Pedro Ortaça) em vida.
CHAMA CRIOULA
DA CONVENÇÃO TRADICIONALISTA
SERÁ CONDUZIDA AO CRISTO PROTETOR
No dia 1º de abril, a
Chama Crioula da Convenção Tradicionalista será acesa no CTG Marciano Brum, em
Soledade, e partirá a cavalo rumo ao Cristo Protetor, em Encantado, para
participar da cerimônia de inauguração do monumento, marcada para o dia 6 de
abril.
A condução da Chama
Crioula será realizada por cavaleiros da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande do
Sul (ORCAV) e da 24ª Região Tradicionalista, sob a coordenação do diretor da
ordem, Airto Timm e do vice-diretor da entidade, Davi Musskopff. A chegada da cavalgada ao Cristo Protetor
está prevista para o dia 5 de abril.
O acendimento da Chama
Crioula em Soledade contará com a participação especial do músico e compositor
João Luiz Corrêa, filho ilustre da cidade. Ele irá interpretar o Hino Rio-grandense
e, em seguida, participar de um trecho da cavalgada rumo ao Cristo Protetor.
A centelha permanecerá
acesa em Encantado até a Convenção Tradicionalista do Movimento Tradicionalista
Gaúcho (MTG), em sua 101ª edição, que acontecerá nos dias 12 e 13 de abril no CTG Giuseppe Garibaldi.
Não é a primeira vez
que a tradição gaúcha homenageia este monumento que se tornou um símbolo do Rio
Grande do Sul e do Brasil. Em 2021, durante a pandemia, a distribuição da Chama
Crioula na 24ª Região Tradicionalista ocorreu diretamente do complexo
turístico, que ainda estava em construção, conforme imagem acima.
José Leal Filho, ou
Juca Ruivo, nasceu em Quaraí (embora seu registro tenha sido lavrado em
Alegrete) em 22 de fevereiro de 1904 e morreu em Porto Alegre em 08 de março de
1972. Poeta regionalista da pura essência galponeira, foi fundador da Estância
da Poesia Crioula. Segundo João Otávio Nogueira Leiria, Juca Ruivo era uma das
mais puras vozes da querência.
Na cidade de Maravilha,
em Santa Catarina, localidade aonde se aquerenciou, Juca Ruivo tem estátua e um
CTG com o seu nome, o que denota a admiração daquele povo por este grande poeta
gaúcho.
Livro Publicado:
Tradição – poesias crioulas
Assim definia os dias
de agora, o poeta Juca Ruivo, em seu poema Tristeza
Não ganha mais o seu
fumo
o Negro do Pastoreio;
o Boitatá, nem receio
causa mais ao piazote
que alta noite cruza a
trote
por alguma
encruzilhada.
A Boicininga esfomeada,
finou-se nos atoleiros
e os Santos Padroeiros,
já cambiaram de morada.
UMA OBRA HISTÓRICA
DE UM CAPRICHO INIGUALÁVEL
O DIA QUE DURA O ANO INTEIRO
NOITE BORGEANA
DESSE ABRAÇO ENCANTADOR
O RESPEITO SE FOI COM SOGA E TUDO
MAS O CORPORATIVISMO ANDA SOLTO
AINDA SOBRE MONUMENTOS
REPONTANDO DATAS - 21 DE MARÇO
E O RESPEITO SE FOI
(COM SOGA E TUDO)
DATAS COMEMORATIVAS
Sempre fui um curioso por datas, embora seja contra aquelas meramente comerciais. Ainda vou escrever um livro sobre fatos que aconteceram em nosso Rio Grande do Sul em cada dia do ano. Já tenho até o nome: Repontando Datas, que é um espaço que temos aqui em nosso blog.
Diariamente entro em algum site que trate do assunto e vi que hoje começa o outono, uma das estações mais bucólicas do ano. É um tempo de folhas caindo, da velhice chegando....
Mas outras datas comemorativas me apareceram hoje como:
Dia Internacional da
Felicidade
Dia do Contador de
Histórias
Dia Mundial da Saúde
Bucal
Dia Mundial da
Agricultura
Dia Mundial Sem Carne
Na seara da cultura também temos duas curiosidades em relação ao dia 20 de março:
Em 1941, Monteiro
Lobato é preso por criticar o governo de Getúlio Vargas
Em 1953, morre Graciliano Ramos, autor de Os Sertões
COMISSÃO ESTADUAL DOS FESTEJOS FARROUPILHAS
DEFINE TEMA E PATRONO PARA 2025
Na manhã desta segunda-feira, 17, a Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas se reuniu na sede do Movimento Tradicionalista Gaúcho para deliberar sobre o tema e o patrono das comemorações de 2025. Após uma votação, a comissão decidiu que o tema será “Ondas curtas para uma história longa – O centenário de Darcy Fagundes e os 70 anos do Grande Rodeio Coringa”. Essa escolha reflete a rica tradição cultural do Rio Grande do Sul e homenageia uma figura importante da arte e do tradicionalismo gaúcho.
O patrono escolhido para os festejos de 2025 é Mário Barboza de Mattos, um renomado engenheiro agrônomo, jornalista, escritor e artista plástico, além de ser primo de Barbosa Lessa e estar presente nos primórdios do Movimento. Com uma trajetória marcada por contribuições significativas à cultura e à arte do estado, Mattos se junta a um seleto grupo de personalidades homenageadas desde 2005. A escolha de um patrono é uma tradição que visa reconhecer e celebrar aqueles que têm se destacado na promoção da cultura gaúcha.
Denise Gress, presidente da comissão, destacou a importância do próximo passo, que envolve a apresentação do edital para a música e a proposta de uma arte que represente a temática escolhida. “Estamos animados com as possibilidades que este tema traz e queremos que a arte e a música reflitam a riqueza da nossa história”, afirmou Denise, enfatizando o compromisso da comissão em dar atenção para todo o estado.
Os Festejos Farroupilhas, que evoluíram de uma simples Ronda Crioula para o maior evento popular do Rio Grande do Sul, englobam uma série de atividades que vão desde a geração e distribuição da chama, em agosto (15 e 16), até sua extinção em 20 de setembro. Com a escolha do tema e do patrono, a expectativa é que as comemorações de 2025 sejam um marco na celebração da cultura gaúcha, unindo tradição, comunicação e inovação em um evento que promete encantar a todos.
Rogerio Bastos
vice-presidente da Comissão Estadual
FALECEU RODI PEDRO BORGHETTI
ESSA TAL DE “PALHINHA”
Eu não sou artista,
cantor, músico, mas uma coisa que sou contra é essa tal de “palhinha”.
Palhinha, para quem não
sabe, é a terminologia que se dá quando um artista está em algum local por
algum outro motivo que não seja a sua apresentação e acaba sendo pealado para
um breve show. Ex: um cantor vai jantar com sua família em algum restaurante.
Ele quer curtir aquele momento. Contudo, o proprietário do estabelecimento o
convida para dar uma palhinha, ou seja, para que se apresente (sem direito ao
couvert artístico, é claro).
Algumas pessoas não
entendem que o instrumentista, o intérprete, vive de sua arte e que esta deve ter a contraprestação
como qualquer outro serviço.
Pedir uma palhinha é explorar, é não respeitar o trabalho do artista. Por essas e outras muitos entendem erroneamente que músico não é uma profissão.
FATO INÉDITO NA FESTA CAMPEIRA
SARAU EM HOMENAGEM AS MULHERES
SE
O HOMEM FALOU...
GAÚCHO – A identidade
do gaúcho tradicionalista, não se atem simplesmente a manifestações externas,
como o uso de bota e bombacha, mas abrange algo de mais importante. Pois o
gaúcho tem uma filosofia de vida, um "modus vivendi", que lhe é
peculiar. De bota e bombacha ou de calça corrida e sapato, o gaúcho sempre será
o mesmo; o homem que ama e honra sua terra, conhece suas tradições e a sua
história e sempre está pronto para defendê-la.
TRADIÇÃO – A tradição é
a memória de um povo. É o que do passado chegou até nós. E a transmissão oral,
de fatos e lendas, usos e costumes, de geração em geração, através do tempo e
do espaço. É a transmissão de valores espirituais, do passado para o presente,
num sempre reviver daquilo que não se deve perder. Tradição é o fortalecimento
da vida e da fibra do povo.
TRADICIONALISMO – O
Tradicionalismo já é o culto e a vivência dessa tradição, como prova de amor
que nos une ao pago em que nascemos. O tradicionalismo ama a terra. Fazer
tradição não é voltar ao passado, mas cultuar esse passado. Podemos viver um
momento tradicionalista de calção ou smoking. O tradicionalismo não se
manifesta exclusivamente na forma de ser, mas principalmente na forma de
sentir, de viver. Não é preciso bancar o grosso ou parecer ser ignorante, para
justificar autenticidade.
J.C. Paixão Côrtes -
Dezembro de 1993 (Jornal Geral: Coluna Buenas – Araranguá/SC, Dezembro de 1993)
*Foto: Lidiane Hein