RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

VOLTEANDO DATAS - CRIAÇÃO DA BANDEIRA

DA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE

Foto: LRS

A bandeira do Rio Grande do Sul tem sua origem nos desenhos de rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa; alguns apontam Bernardo Pires, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos.

A bandeira foi oficializada como Bandeira do Estado em 5 de janeiro de 1966, já com o brasão de armas na parte central. Contudo, há uma controvérsia em relação a esta data pois, segundo alguns estudiosos, foi no dia 12 de Novembro de 1836, que o governo Republicano instalado em Piratini, publica o decreto abaixo, criando o "escudo d'armas da República", ou seja, a bandeira:

Ocupando já na grande família das nações o lugar que lhe compete o Estado Rio-Grandense, e convindo que ele tenha um escudo d'armas, o Presidente da República decreta:

O escudo d'armas do Estado Rio-Grandense será de ora em diante de forma de um quadrado dividido pelas três cores, assim dispostas:

* A parte superior junto à haste verde, e formada por um triângulo isósceles, cuja hipotenusa será paralela à diagonal do quadrado;

* O centro escarlate, formado por um hexágono, determinado pela hipotenusa do primeiro triângulo, e a de outro igual e simetricamente disposto, cor de ouro, que formará a parte inferior.

Domingos José de Almeida, ministro e secretário de Estado dos Negócios do Interior, assim o tenha entendido, e faça executar com os despachos necessários.

José Gomes de Vasconcelos Jardim
Domingos José de Almeida

Devido ao fato do decreto acima citar "escudo d'armas", muitos historiadores viram nele a criação do brasão de armas da República e não da bandeira.

Não há um consenso sobre o significado das cores da bandeira riograndense. Algumas fontes alegam que as cores simbolizam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. Há outras que afirmam ser a bandeira uma combinação do rubroverde da bandeira Portuguesa com o aurivermelho da bandeira espanhola, o que faria todo o sentido em uma região de fronteira entre essas duas potências coloniais; há que se salientar, todavia, que à época da Revolução Farroupilha, as cores nacionais de Portugal eram o alviceleste, símbolo da monarquia, e que só mudaria para o rubroverde mais de meio século depois.

Sabe-se que o lema escrito na bandeira do estado (liberdade, igualdade e humanidade), tanto quanto os símbolos, estão diretamente ligados à Maçonaria, haja vista que a elite gaúcha militar e política à época da Guerra dos Farrapos era, em sua maioria, maçônica.

Colaboração: Hilton Araldi