ESCOLHE O CENTENÁRIO DE LILIAM ARGENTINA
COMO TEMA ANUAL
Foto acima: Lilian no XII Congresso, em Tramandai, na criação do MTG (1966)
Abaixo: Ao lado de Osório Santana Figueiredo e na sua formatura
Divulgação / MTG
Duas temáticas foram
apresentadas; uma defendida pelos peões do estado, Andrei de Moura Caetano e
Daniel Muller Forrati, abordando a influência da gaita na construção da
identidade do gaúcho, e outra pelo presidente da Comissão Gaúcha de Folclore,
Rogério Bastos, aprovada após os jovens retirarem a proposta, por compreenderem
a importância da celebração do centenário da folclorista Lilian Argentina.
Bastos relembrou o relevante papel de Lilian Argentina Braga Marques para o tradicionalismo organizado e para o folclore gaúcho. “Lilian foi a primeira conselheira do MTG, logo após a sua criação, além de ser um destaque nas pesquisas pelo Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (já extinto), Comissões Gaúcha e Nacional de Folclore” - destacou. Tema: “Centenário de Lilian Argentina.
Lilian Argentina Braga
Marques foi uma importante folclorista do Rio Grande do Sul, destacada
pesquisadora do IGTF e da Comissão Gaúcha de Folclore, sempre muito preocupada
com o rigor científico de suas pesquisas. Membro da Comissão Nacional de
Folclore, presidente de honra da Comissão Gaúcha e Conselheira Benemérita do
MTG. Professora, pesquisadora de folclore, tradicionalista, profunda
conhecedora da cultura sul-rio-grandense. Seu conhecimento incontestável e atuação
como pesquisadora e docente foi motivo de admiração e respeito por todos que a
conheceram e tiveram o privilégio de com ela conviver.
Conheceu a região
litorânea palmo a palmo e, nesta época, por intuição e vocação, iniciou-se como
pesquisadora das manifestações de cultura popular. A partir de suas
observações, escreveu O pescador artesanal do Sul, livro com o qual recebeu, em
1973, o Prêmio Silvio Romero de monografias de Folclore, concurso promovido
pelo Ministério da Educação no Rio de Janeiro.
A professora Lilian
Argentina foi pioneira nas pesquisas do folclorismo gaúcho. Em Tramandaí, no
ano de 1945, já registrava danças populares, quando recolheu "A
Jardineira", que remontou na escola com seus alunos. Na área de estudos de
folclore, cursou a Escola Gaúcha de Folclore da Secretaria de Educação,
coordenada pelo Professor Carlos Galvão Krebs. Cursou "Folclore e
Turismo" e "Folclore e Educação".
Na releitura da Carta
do Folclore Brasileiro, no ano de 1995, realizada durante o 8º Congresso
Brasileiro de Folclore, em Salvador, juntamente com a professora Rose Marie dos
Reis Garcia, liderou a equipe gaúcha. Em 1991, participou do Curso de
Animadores de Folclore nos Açores, quando ministrou disciplinas relacionadas à
cultura açoriana no Rio Grande do Sul.
Como tradicionalista,
destacou-se como posteira artística do 35 CTG, e da Academia de Polícia da
Brigada Militar. Colaborou sempre com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG),
no qual foi conselheira, participando dos congressos, convenções, reuniões de
patrões e outros, contribuindo com relevantes trabalhos.
Fonte: Site MTG