
O autor, na verdade, é um "escada" para quem canta ou declama. O foco, a vitrine, está em quem sobe ao palco e, principalmente, quem tenha boa voz e saiba interpretar.
O rosto do compositor não aparece. Muitos já me falaram assim: ah... então tu é o Léo Ribeiro? Isto deve acontecer, em muito maior número, com autores de talento como Rodrigo Bauer, Gujo Teixeira, Vaine Darde e outros tantos que "só" tem o dom de compor.
É por isso que, no mínimo, seu nome deva aparecer.
Pois na postagem de ontem, quando descrevi sobre o espetáculo dos Quarenta Anos do Festival da Barranca, omiti o nome do grande guitarreiro Geraldo Trindade (foto), um dos melhores violões do Estado, como autor da terceira música em homenagem a Barranca, feita nos bastidores, ao lado de Cristiano Quevedo e Érlon Péricles.
O Geraldo nem precisaria desta minha retificação pois é por demais conhecido e requisitado nos meios festivaleiros poéticos e musicais pelo Rio Grande. Já falta espaço em seu rancho para os inúmeros troféus como instrumentista de grupo ou amadrinhando um declamador. Um inovador que não perde o gauchismo, um visionário que mantém o viés autêntico.
Mas está feito o devido e merecido registro. E me desculpa, Geraldo velho de guerra.